12 de novembro de 2017
Angola Secret Government Documents on Counter-Subversion (1974)
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Angola - História
Monumentos: Salazar Deixou Um Legado Ideológico Que Ainda Marca a Identidade Nacional, diz Investigador
Uma tese de doutoramento da Universidade de Coimbra, que analisa a reconstrução dos monumentos nacionais durante o Estado Novo, conclui que Salazar deixou um legado, ainda hoje vivo, de símbolos que materializam a imagem salazarista do país.
Durante o Estado Novo, foi aplicado um plano de investimento para a reconstrução de monumentos que durou até aos anos 1960, e que procurou "recuperar" a ideia de "um passado perdido, de um passado heróico", com as estruturas medievais e manuelinas a serem pensadas "como o grande bem da nação", disse à agência Lusa o autor da tese e docente do Departamento de Arquitetura (Darq) da Universidade de Coimbra (UC), Luís Correia.
As reconstruções, apesar de não terem sido desenhadas por Salazar, correspondiam à imagem de um passado renovador que o ditador português pretendia colar ao país, sublinha.
Os monumentos, nota a tese, foram usados por Salazar como "restaurados símbolos de memória e poder, que a maciça classificação e consequente instituição das zonas de proteção de caráter geral e especial pretendiam salvaguardar como propriedades da sua regência".
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Portugal - António Oliveira Salazar
Fim da Longa Guerra e Descolonização (Fernando Madail)
Acordos. Treze anos após Salazar ter ordenado "para Angola, rapidamente e em força", a paz chegava às três frentes de batalha. Mário Soares não pensou nas independências de Cabo Verde, São Tomé, Timor. E distinguiu o acolhimento dado a 800 mil retornados e aos pieds noirs franceses.
"O senhor é que não me dá lições de patriotismo a mim!", gritava Mário Soares a Spínola na véspera da reunião com os dirigentes do PAIGC, em Argel, a 15 de junho de 1974, como revelou Almeida Santos (Quase Memórias, 2.º vol.). Naquela fase, as teses sobre o futuro das colónias ainda provocava choques entre as várias fações que se digladiavam após a Revolução do 25 de Abril. O então ministro dos Negócios Estrangeiros tentava conseguir a paz e a autodeterminação com os movimentos de libertação, mas as declarações de Spínola e dos que pretendiam um processo mais lento ou o caminho do federalismo chocavam com a realidade: a extrema-esquerda tinha lançado a palavra de ordem "nem mais um soldado para as colónias" e, nos teatros de guerra, os militares portugueses já confraternizavam com aqueles que, antes, eram os "turras".
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Portugal - 25 de Abril de 1974