10 de novembro de 2015

Políticos!? Que Políticos? Inquietações…



Digo-o sem qualquer temor: os políticos do pós 25 de Abril, na sua maioria, pouco ou nada valem, “quo tale”. São caceteiros, malcriados, sedentos de poder, sem escrúpulos e com uma assombrosa desonestidade interior. A sua actuação é, geralmente, baseada no ódio, no azedume e na má-fé. Troca-tintas de profissão, o que para eles hoje é claro amanhã é escuro. O que é preciso é subir ao poleiro, doa a quem doer. E esta dura realidade derrama-se, qual vesânia, por todos os quadrantes, sem excepção.

De forma premonitória a história acabou por dar razão a M. Caetano quando afirmava: “Em poucas décadas estaremos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade de outras nações, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional (…). Veremos alçados ao Poder analfabetos, meninos mimados, escroques de toda a espécie que conhecemos de longa data. A maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidente de câmara, deputados, administradores, ministros e até presidentes da República”.

Concordemos ou não, e (geralmente não concordamos), com o pensamento ideológico de Marcello, depois de mais de quarenta anos de saga democrática, as suas frases plasmam, sem dúvida, a dura realidade dos nossos dias políticos, perante a emergência e ascensão ao poder de gente que apenas sabe pensar no seu umbigo sem que tenha uma ideia ou um propósito sério de trabalhar em prol do povo. De gente que se perde em guerras surdas ou às claras, de alecrim e manjerona, numa conduta clubística rasca que devia envergonhá-la e que, sem dúvida, nos envergonha. Basta que olhemos para a triste realidade de um país empobrecido, e material, moral e culturalmente espoliado da sua dignidade e independência, ao alcance da fúria rapace de oportunistas, agiotas, ladrões e videirinhos de toda a laia.

Alguns, quais virgens ofendidas, poderão levantar-se contras a justeza destes conceitos. Será a prova provada da sua jactante mediocridade.

Por mim, como cidadão maltratado, reservo-me, apesar de tudo, o inalienável direito de opinar.
Autor:

Aladino, 4 de Novembro de 2015

Fonte: Notícias de Vila Real