17 de março de 2013

Declaração da UNITA alusiva ao 13 de março de 1966



SECRETARIADO EXECUTIVO DO COMITÉ PERMANENTE

Declaração alusiva ao 13 de março de 1966

Povo Angolano

Compatriotas e Amigos

Do século XV ao século XXI, a subjugação de África e o ostracismo dos seus povos tem assumido várias formas.

De igual modo, a luta secular pela liberdade e pela dignidade humana dos povos africanos tem assumido várias formas e conhecido muitos intervenientes. Um desses intervenientes na luta pela dignidade dos povos africanos é a UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA – UNITA.

A UNITA foi fundada em Muangai, Província do Moxico, aos 13 de Março de 1966, pelo Doutor Jonas Malheiro Savimbi.

O Dr. Jonas Savimbi, junto com o Dr. Agostinho Neto e o Mais Velho Holden Roberto, são os pais da independência de Angola. Foram eles que dirigiram a luta dos angolanos contra o colonialismo português e assinaram com o Estado português, em Janeiro de 1975, os termos para a independência de Angola, para a defesa da sua integridade territorial e para o exercício da soberania pelo povo, atravês de eleições para uma Assembleia Constituinte.

Quis a história que estes Acordos não fossem respeitados e que apenas uma facção do MPLA exercesse a soberania no lugar de todo o povo, o que causou um grande conflito. Desse conflito, é convicção da UNITA que “culpados somos todos, responsáveis somos todos e vítimas somos todos”.

Coube ao Dr. Jonas Savimbi, em nome da UNITA, a missão de fazer a paz com o Presidente José Eduardo dos Santos, através dos Acordos de Paz Para Angola, celebrados em Bicesse, Portugal, em 31 Maio de 1991.

Os Acordos de Bicesse estabeleceram, de facto, os fundamentos para o fim da hegemonia política e económica em Angola, para a consagração da República de Angola e do Estado de direito democrático.

Foi também atravês dos Acordos de Paz Para Angola, celebrados entre a UNITA e o Governo de Angola, que se definiram os fundamentos e os termos para a concretização da reconciliação nacional entre todos os angolanos.

A reconciliação nacional, começou com a criação das Forças Armadas Angolanas, resultado da fusão do exército da UNITA - as Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) – com o exército do MPLA – as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA).

Através dos Acordos de Paz Para Angola, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi estabeleceu também com o Presidente José Eduardo dos Santos, os fundamentos para a reinserção social dos ex-militares, para o respeito pelos direitos humanos, incluindo o direito à igualdade política entre todos os angolanos, o direito à liberdade económica e para a construção em Angola de uma sociedade livre, democrática, de paz e de justiça social.

Este foi, no plano jurídico-político, o contributo histórico da UNITA para a defesa da dignidade humana dos povos de Angola, durante os últimos 47 anos. Precisamos agora de passar para o plano da concretização material desses objectivos.

Se nos últimos 47 anos, a UNITA desenvolveu, no seio de uma parte do povo angolano, o amor à Pátria, a defesa da unidade nacional, da soberania do povo, da legitimidade democrática dos governos e a prática da solidariedade como factor determinante para a justiça social, nos próximos 47 anos, a UNITA continuará a ser um instrumento incontornável ao serviço da boa governação de Angola e do bem-estar para todos os angolanos.

Se ao longo de 47 anos, a UNITA despertou a consciência dos angolanos para a cidadania activa, para a afirmação da identidade africana de Angola e para a busca de relações internacionais justas com todos os povos do mundo, nos próximos 47 anos, a UNITA vai contar com o saber de todos os quadros do país para promover a digna integração regional de Angola no continente africano e a sua competitividade no mercado mundial.

É graças à persistência da UNITA na defesa dos interesses dos povos de Angola, que os angolanos poderão contar ter em breve um regime realmente democrático, que respeita os direitos humanos e a supremacia da Constituição.

É graças à lealdade da UNITA à causa dos oprimidos, durante os últimos 47 anos, que os angolanos poderão contar ter em breve um Estado que seja uma pessoa de bem e que pugne pela defesa dos interesses dos angolanos, em primeiro lugar!

Os angolanos poderão contar com o destemor e a firmeza da UNITA, para terem em breve as suas autarquias locais! Só com elas, poderemos descentralizar o desenvolvimento e harmonizar o crescimento de Angola.

O desenvolvimento é uma condição de paz social que permite aos povos do planeta usufruir a vida com dignidade.

Para os angolanos, o desenvolvimento de Angola só faz sentido se ele proporcionar acima de tudo o desenvolvimento humano dos filhos da terra.

O desenvolvimento humano requer que as pessoas tenham casas para morar e que as famílias tenham algum conforto em suas casas, sem expropriações extra-judiciais e sem demolições indignas.

O desenvolvimento humano reflecte-se na expectativa de vida das pessoas, nos níveis de liberdade dos seus cidadãos – liberdade de expressão, comunicação, religião, pensamento, circulação, liberdade política, económica e cultural -; no número de pessoas que consome água potável canalizada, no nível de infra-estruturas existentes para as comunicações, saneamento, gestão do lixo e para os transportes públicos.

O desenvolvimento que a UNITA perspectiva para Angola irá reflectir-se na nutrição adequada das crianças, na competitividade da educação, na saúde pública, no acesso livre à internet para todos, no aumento dos níveis de consumo e de poupança das famílias e na melhoria da sua qualidade de vida.

É por isso que os angolanos têm a UNITA. É para o desenvolvimento sustentado que a UNITA lutou e continuará a lutar. A UNITA está ao serviço de todos.

Foi com base na convicção de que a causa da UNITA é a causa dos mais desprotegidos que o Partido fundado pelo Dr Jonas Malheiro Savimbi, em 1966, em Muangai, aprimorou as formas adequadas de organização e mobilização dos angolanos, adaptando a sua acção ao novo tipo de luta.

Neste dia, 13 de Março de 2013, a UNITA, vem lembrar e evocar solenemente a memória dos seus fundadores, os conjurados de Muangai, que no Moxico, lançaram as sementes dos ideais republicanos para Angola, com destaque para o seu Fundador, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi.

Neste dia 13 de Março de 2013, a UNITA evoca e homenageia igualmente a memória de todos os patriotas e nacionalistas Angolanos, de todas as cores políticas e partidárias que, pela causa justa do povo, deram as suas vidas, na esperança de construir uma Angola mais justa para todos os angolanos.

Neste dia 13 de Março de 2013, a UNITA, declara solenemente que está pronta para assumir as suas responsabilidades perante o Povo e perante a História.

A UNITA reafirma o seu compromisso com a defesa intransigente da Paz, do Multipartiarismo, da tolerância, da justice social e do respeito pelos Direitos Humanos. Os angolanos podem contar com a UNITA, que vai governar com todos e para todos, para realizar o sonho da liberdade e da prosperidade para todos os filhos de Angola. Por isso dizemos:

1º O Angolano

2º O Angolano

3º O Angolano

O Angolano sempre!

Menongue , 13 de Março de 2013

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA

Fonte: Club-k.net