29 de julho de 2009

Azagaia: Combatentes da Fortuna

Combatentes da Fortuna “Esta vai para todos os dirigentes africanos Que prometeram-nos uma África melhor Mas deram-nos uma pior que a encomenda Cambada de filhos da mãe I Éramos escravos quando fizeram-nos sonhar com a liberdade Segregados quando fizeram-nos acreditar na igualdade Eles bombardearam discursos de unidade E libertaram-nos das grades da nossa passividade Nós, obedecemos àquelas ordens de combate Morremos p'ra nascermos homens livres de verdade Nós, combatemos o inimigo sem piedade A pão e água, na língua só o sabor da liberdade Operários, camponeses na trilha da revolução Eles eram os nossos deuses à quem fazíamos a adoração Donos dos nossos interesses, símbolos de idolatração Cristianismo bruxaria, socialismo religião Eles, discursaram contra ricos e burgueses, franceses, holandeses, portugueses e ingleses Eles, ensinaram-nos que o racismo tinha cor Que o diabo era branco e preta é a cor do senhor [Discurso de Samora Machel] Refrão: (2x) Vocês não são libertadores, são combatentes da fortuna E a liberdade existirá até onde for oportuna Capitalistas, socialistas ou então “comunas” Vocês não são nada disso, são combatentes da fortuna II Assassinaram desde Amílcar Cabral até Samora Os grandes lideres, mandaram-lhes para os manuais de história Prostituíram o socialismo e pariram por acidente Um falso capitalismo, filho bastardo do ocidente O ocidente pagava bem e eles foram sem “camisa” Pegaram o Vírus de Deficiência Orçamental Adquirida Esses revolucionários e recém-empresários Faliram bancos com empréstimos que nunca foram pagos Não se sabe que matou mais, se foi a guerra ou foi a fome Pela ganância que deixou milhões de africanos com fome Depois de venderem tudo, começaram a vender a fome E lucraram com imagens do povo a morrer à fome Eles, pegaram em armas e lutaram p´ra enriquecer Calaram as armas porque agora há um novo modo de o fazer Democracia, governantes no poder Eles são a única alternativa Tu és livre de escolher [Discurso de Samora Machel] Refrão (2x) III Neste combate vitalício nunca há desmobilizados Se não resulta com comícios, resulta com atentados Medias manipulados e civis sacrificados Resulta, nas eleições vemos os resultados E os combatentes da fortuna apenas mudaram de farda Ontem roubaram de balalaica, hoje é de fato e gravata Hoje é com a SADC A fingir que não vê Zimbabueanos condenados pelo direito de escolher Chibatados pelas costas como no tempo da escravatura Pelos mesmos africanos que os tiraram da escravatura Os falsos libertadores, combatentes da fortuna Corrompem a democracia e legitimam a ditadura Chiiii...cuidado que aqui também, há combatentes da fortuna Olhem bem para onde o nosso país ruma Quem não condena um ladrão manos, das duas uma Ou é ladrão, ou vai roubar na ocasião oportuna Refrão (2x) [Discurso de Samora Machel] (Azagaia)